José Júlio da Ponte
faz muito tempo
mas não tanto tempo
que me faça esquecer aquele tempo,
tempo em que tinha tempo
de conversar e amar por longo tempo,
pois ainda não se era escravo do tempo.
sinto saudades daquele tempo,
dos sonhos adolescentes daquele tempo,
da pureza da gente daquele tempo,
dos amores e valores que se perderam com o tempo.
na praça, jovens enamorados curtiam o tempo,
na calçada, os vizinhos "matavam" o tempo,
no campo, os agricultores observavam o tempo,
à espera de chuva, pois de chuva já era tempo.
ah! se eu pudesse retroceder no tempo,
para fugir das tantas misérias do atual tempo!
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário