quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Bem diferentes de hoje

José Júlio da Ponte



faz muito tempo
mas não tanto tempo
que me faça esquecer aquele tempo,
tempo em que tinha tempo
de conversar e amar por longo tempo,
pois ainda não se era escravo do tempo.
sinto saudades daquele tempo,
dos sonhos adolescentes daquele tempo,
da pureza da gente daquele tempo,
dos amores e valores que se perderam com o tempo.
na praça, jovens enamorados curtiam o tempo,
na calçada, os vizinhos "matavam" o tempo,
no campo, os agricultores observavam o tempo,
à espera de chuva, pois de chuva já era tempo.
ah! se eu pudesse retroceder no tempo,
para fugir das tantas misérias do atual tempo!
*

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