O Ceará deve continuar apostando na agricultura de sequeiro ou investir em lavouras mais rentáveis, como a fruticultura? Pela análise da tendência de evolução do Valor Bruto da Produção (VBP) de frutas e grãos, no Estado, no período de 1970 a 2008, constata-se uma acentuada redução (70%) no rendimento financeiro das culturas tradicionais, mantendo-se relativamente estável o valor da produção de frutas, que movimentou R$ 726,2 milhões.O valor médio da produção de grãos passou de R$ 1,9 bilhão, no período 1970-74, para R$ 569 milhões, no intervalo 2005-2008 — uma redução de 70%, conforme estudo elaborado pelo economista Demartone Coelho Botelho, representante da Universidade Federal do Ceará (UFC) no Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Conforme o economista, no referido período, o VBP do algodão declinou em 99%, o do amendoim, em 77%.Já o arroz e o feijão registraram perdas de 49% e 25%, respectivamente. Outro declínio acentuado foi o da mamona, com 92%, ao passo em que o milho teve perda de apenas 5%.“Este fato decorreu em função da redução na produção de algodão (-98%) e na queda do preço de no arroz (-60%), no feijão (-47%) e no milho (-54%)”, explica. Enquanto isso, no intervalo de 1970 a 2008, o VBP médio de frutas registrou queda de apenas 8,7%, totalizando R$ 726,2 milhões no ano passado.“Tomando-se a participação do VBP frutas/VBP grãos, constata-se que o VBP de frutas saltou de 47%, entre 1970-1974, para 65%, nos anos de 2000 a 2004, e para 131%, entre 2005 e 2008”, comenta o técnico. Para Demartone Botelho, os números mostram que a fruticultura representa uma alternativa importante para o desenvolvimento da agropecuária do Estado.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
*
Parabéns Caro amigo
ResponderExcluir