A Vitalidade de uma Nação
Uma nação vive, próspera, é respeitada, não pelo seu corpo
diplomático, não pelo seu aparato de secretarias, não pelas recepções oficiais,
não pelos banquetes cerimoniosos de camarilhas: isto nada vale, nada constrói,
nada sustenta; isto faz reduzir as comendas e assoalhar o pano das fardas -
mais nada. Uma nação vale pelos seus sábios, pelas suas escolas, pelos seus
génios, pela sua literatura, pelos seus exploradores científicos, pelos seus
artistas. Hoje, a superioridade é de quem mais pensa; antigamente era de quem
mais podia: ensaiavam-se então os músculos como já se ensaiam as ideias.
Eça de Queirós, in 'Distrito de Évora'
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