quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

APONTAMENTOS SOBRE A PARADIPLOMACIA NO BRASIL

(*) José Nelson Bessa Maia

O complexo fenômeno da paradiplomacia, ou seja, a ação de governos subnacionais no contexto internacional, pode ser analisado a partir de três eixos básicos de argumentação: i) a interação dos atores na paradiplomacia; ii) os critérios para a cooperação descentralizada; e iii) a institucionalização via regras formais e informais. Senão vejamos:

Eixo 1: A Interação dos Atores na Paradiplomacia

1. O atual contexto da paradiplomacia

Em meio ao processo de intensa internacionalização ou globalização de bens, serviços e capitais que se observa neste início do século XXI, a literatura acadêmica e a experiência prática sugerem que o tema da participação internacional dos governos subnacionais vem ganhando visibilidade e poderá assumir maior importância no futuro em diferentes países. No contexto mundial, seu crescimento é perceptível há algum tempo, e a literatura aborda cada vez mais estudos de casos que comprovam essa tendência.

Diversos autores que pesquisaram sobre o papel dos governos subnacionais fora das fronteiras de seus países indicam que há experiências consolidadas, sobretudo nos países da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). No entanto, o processo de extroversão dos governos subnacionais não se restringe aos países desenvolvidos, sendo cada vez mais presente entre países emergentes, em especial aqueles de forma federativa de governo.

O pesquisador basco Panayotes Soldatos (1990), ao analisar a questão do envolvimento crescente dos governos subnacionais no cenário internacional, cunhou o termo “paradiplomacia” para designar as investidas internacionais desses governos. O termo também foi amplamente divulgado pelo autor canadense Duchacek,

(*) José Nelson Bessa Maia, economista e mestre em economia, é ex-secretário de assuntos internacionais do Governo do Ceará (1995-2006) e doutorando em Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB). E-mail: nbessa@unb.br ou nbessamaia@terra.com.br

Leia na integra

*

sábado, 26 de dezembro de 2009

Tirano

– E o povo sempre tem algum campeão que coloca à sua frente e cujo engrandecimento favorece?

- Sim, é o que costuma acontecer.

- É dessa raiz e não de outra que brota o tirano. Pois ele começa sempre como um protetor do povo.

- Evidente.

- De que modo principia então a transformar-se em tirano? Não é claro que ao fazer o que se atribui àquele homem na fábula sobre o templo de Zeus Liceu na Arcádia?

- Que fábula? – perguntou ele.

- Aquela, segundo a qual quem provasse uma entranha humana misturada com as de outras vítimas se converteria fatalmente em lobo. Nunca ouviste contar essa história?

- Ah! sim. Ouvi, como não!

- Pois o protetor do povo é como esse homem. Dispondo de uma multidão inteiramente dócil, não se abstém de derramar o sangue de seus compatriotas; em geral recorre a acusações injustas para arrastá-los aos tribunais e destruir-lhes as vidas, saboreando com a boca e a língua impuras o sangue fraterno; a uns mata e a outros exila, ao mesmo tempo que alude a abolição de dívidas e distribuições de terras. Qual poderá ser o destino de tal homem? Não tem ele por força de perecer às mãos de seus inimigos ou converter-se de homem em lobo, isto é, em tirano?”

Platão

*

Reflexões de Final de Ano: O Sentido de Viver

Os finais de ano, no geral, têm uma atmosfera propicia para nos levar a reunir um turbilhão de pensamentos, além de nos induzir a querer ficar perto das pessoas que nos gostam e de quem nós gostamos. Mesmo o Natal tendo sido mercantilizado, ainda sobra espaço para se fazer reflexões. Entre uma garfada e outra, na hora da ceia de quem tem este privilegio, num país desigual como o nosso, fala-se de amenidades, mas também de projetos para o futuro. Esses momentos servem também para isso: dá asas aos sonhos.

Também é momento para fazer questionamentos como: Afinal por que estamos aqui neste planeta? Qual o sentido da nossa brevíssima estada por aqui? Será que viemos para cultivar personalismo, individualismo, buscar incessantemente a riqueza material? Como descobrimos com a própria trajetória que tudo por aqui é efêmero, então temos que fazer de tudo para otimizar o nosso próprio bem-estar, não importando os meios?

O individualismo, o querer ter de qualquer forma parecem induzir o ser humano a ficar com a mente embotada, o que sufoca o arejamento que viabiliza um comportamento menos individualista e mais solidário. Isso o brutaliza. Quem desenvolve com mais convicção esse tipo de comportamento, torna-se num sujeito desprovido de respeito aos direitos dos outros. Entra num vale tudo. O objetivo de conquistar projeção precisa ser alcançado de qualquer forma e em menor espaço de tempo. Para isso valores como respeito, ética, amor ao próximo submergem sob as argamassas que imaginam lhe possibilitarão os alicerces que sustentarão o salto quantitativo para o sucesso.

A sociedade ocidental moderna, a tecnologia, o bombardeio midiático atuam na mente daqueles que cultuam o individualismo de uma forma a intensificar-lhes os projetos de fortuna e de fama. A propaganda que ouvem, lêem, vêem, lhes dizem diuturnamente que precisam ultrapassar obstáculos de qualquer forma, porque o sucesso é restrito a alguns mais espertos, não necessariamente os mais competentes. Eventualmente o individuo terá conquistas, muitas delas obtidas através de avanços por atalhos nem sempre corretos. O desvio da rota mais longa, mas segura, para enveredar por caminhos aparentemente mais curtos, pode até levá-lo a atingir os objetivos. Contudo, fica-lhe para trás um rastro de asneiras (para dizer o mínimo) e de direitos de outros que foram ultrajados para que o elemento conseguisse a escada necessária para atingir os objetivos nem sempre nobres.

Óbvio que uma sociedade construída com tal alicerce não pode ser saudável. O corolário natural é a depredação de valores morais, éticos e ambientais. Muito se discute atualmente acerca das causas da degradação dos recursos naturais. Na minha modesta avaliação esta degradação tem a ver, e muito, com o comportamento individualista ou não solidário, o que vem ser a mesma coisa, de nós seres humana. Ao fustigarmos apenas os nossos interesses pessoais e ao cultivarmos o individualismo, não estaremos preocupados se um rio irá desaparecer, se uma árvore que a natureza leva décadas para tornar frondosa será derrubada em alguns minutos. Se não somos solidários entre nós, porque deveríamos sê-lo com os outros seres vivos: com os animais, por exemplo?

Este planeta é um conjunto sinérgico em que cada ser vivo, cada braço de água, cada pedaço de rocha, cada microorganismo tem funções definidas que serão desempenhadas se não houver algo que atrapalhe. Os animais e vegetais, dos mais complexos aos mais singelos fazem a sua parte e, se não atrapalharmos, mantêm a vida intacta nas devidas proporções que o planeta permite. Nós, seres humanos, com a nossa inteligência e sabedoria, mas com o nosso personalismo egocêntrico, com a vontade incessante de querer ter e não o buscar ser, estamos levando esta nave para a destruição. Destruição entendida como a incidência de fome para mais de um bilhão de terráqueos; falta de água potável e saneamento para 2,5 bilhões de irmãos; rios desaparecendo; violência nos grandes centros urbanos que torna o viver nesses locais um verdadeiro ato de sobressalto diário. Mas alguns terão conquistado fortuna e poder. Terá valido a pena?

Lemos

Professor Associado na UFC.


*

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Engrandece

O fracasso quebra as almas pequenas e engrandece as grandes, assim como o vento apaga a vela e atiça o fogo da floresta

Benjamim Franklin

*

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nascimento

Não é o nascimento que ilustra o homem

Acio

*

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Caminho

O caminho mais próximo e curto para a glória é ser o que se deseja parecer, dizia Sócrates.. Pois, se cuidam alguns obter glória estável com simulações e ostentação vã, não só com palavras, mas também com fisionomia fingida, erram cabalmente. A verdadeira glória deita raízes e até as espalha, mas os engodos caem rapidamente como flores miúdas. O que é simulado não pode ser duradouro. Assim, quem deseja alcançar a verdadeira glória da justiça cumpra os deveres da justiça.

Cícero

*

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vivi, estudei, amei e até cri

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu...
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara,
Quando a tirei e me vi no espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo.
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Fernando Pessoa
*

Erro

O maior erro de todos seria jamais errar

Eduardo Giannetti

*

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Verdade

A vida é curta e a verdade dura muito: falemos a verdade.

Schopenhauer

*

Ver

Notável criatura são os olhos! Admirável instrumento da natureza; prodigioso artifício da Providência! Eles são a primeira origem da culpa; eles a primeira fonte da Graça. São os olhos duas víboras, metidas em duas covas, e que a tentação pôs o veneno, e a contrição a triaga. São duas setas com que o Demônio se arma para nos ferir e perder; e são dois escudos com que Deus depois de feridos nos repara para nos salvar. Todos os sentidos do homem têm um só ofício; só os olhos têm dois. O Ouvido ouve, o Gosto gosta, o Olfato cheira, o Tato apalpa, só os olhos têm dois ofícios: Ver e Chorar. Estes serão os dois pólos do nosso discurso.

Ninguém haverá (se tem entendimento) que não deseje saber por que ajuntou a Natureza no mesmo instrumento as lágrimas e a vista; e por que uniu a mesma potência o ofício de chorar, e o de ver? O ver é a ação mais alegre; o chorar a mais triste. Sem ver, como dizia Tobias, não há gosto, porque o sabor de todos os gostos é o ver; pelo contrário, o chorar é o estilado da dor, o sangue da alma, a tinta do coração, o fel da vida, o líquido do sentimento. Por que ajuntou logo a natureza nos mesmos olhos dois efeitos tão contrários, ver e chorar? A razão e a experiência é esta. Ajuntou a Natureza a vista e as lágrimas, porque as lágrimas são consequência da vista; ajuntou a Providência o chorar com o ver, porque o ver é a causa do chorar. Sabeis porque choram os olhos? Porque vêem.

Padre Antônio Vieira

*

Mérito

Ao ligar-se a pessoas de mérito, você mesmo se torna digno de mérito, assim como uma trepadeira recebe a fragrância do sândalo.

Longchenp

*

Satisfação

A satisfação está no esforço, não na realização. um esforço pleno é uma vitória plena.

Gandhi

*

Pureza

A sabedoria deve andar de mãos dadas com a pureza do coração, com a excelência moral.

Piydassi Thera

*

Tempo

Temos tempo bastante para pensar no futuro quando já não temos futuro em que pensar

George Bernard Shaw

*

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Felicidade

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Mário Quintana

*

Viver

Viver uma vida boa e honrada. assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado poderá obter prazer uma segunda vez,

Dalai Lama

*

Limitações

Vivemos aprisionados pelas nossas próprias limitações artificiais por desconhecer as nossas reais potencialidades

José P Andreeta

*

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aprendemos

Aprendemos mais com o fracasso do que com o sucesso. Com frequência descobrimos o que funciona vendo o que não funciona; e que quem nunca cometeu erro provavelmente nunca fez nenhuma descoberta

Samuel Smiles

*

Grandes

Os espíritos que se elevam e se tornam verdadeiramente grandes são aqueles que nunca estão satisfeitos consigo mesmos em suas obras realizadas e visam sempre ao melhor em suas novas obras.

Claude Bernard

*

Novo passo

O que as pessoas têm a fazer é dar um novo passo,

dizer uma nova palavra.

Dostoievski

*

Estrela

Como uma estrela que é reconhecida pela sua luz, cada ser humano pode ser reconhecido por aquilo que manifesta, por aquilo que emite.

José P. Andreeta

*

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Homens sábios

São muito raros no gênero humano os homens verdadeiramente sábios; o concurso de condições e circunstâncias especiais necessário para que os haja, ocorre com tanta dificuldade que não deve admirar a sua raridade: demais a sua aparição pouco ou nada aproveita aos outros homens que os desprezam, perseguem ou motejam, incapazes de compreendê-los, e os obrigam finalmente ao silêncio, retiro e reclusão. Não esperem os homens por, maior que seja o progresso da sua inteligência, chegar a conhecer as verdades capitais e primitivas sobre a essência e natureza das coisas: mudarão de erros, fábulas, hipóteses e teorias, mas nunca poderão alcançar conhecimentos que hajam de mudar a natureza humana, e fazer os homens diversos do que farão e do que são. O mundo varia aos olhos e nas opiniões dos homens, conforme as idades e condições da vida.

Marquês de Maricá

*

Viver É Impreciso, Mas É Belo

Viver É Impreciso, Mas É Belo...

José Lemos*

...Navegar é preciso e fascinante.

Talvez eu faça uma leitura sem sentido do belo poema de Fernando Pessoa. A interpretação que me permito é a de que a vida é imprevisível. Isto porque a nossa trajetória neste planeta é marcada por fortes componentes aleatórios. Há indefinições no que pode nos ocorrer durante a nossa breve estada por aqui. Planos bem traçados podem esbarrar em acontecimentos desagradáveis. Não é por acaso que os cristãos quase sempre usam a expressão “se Deus quiser”, quando se referem a algo que acontecerá no futuro.

O termo técnico “Esperança de Vida ao Nascer” tenta aferir o tempo médio de vida. Sem entrar em meandros técnicos para não tornar a leitura deste texto enfadonha, apenas lembro que esperança matemática é a famosa média aritmética. Conceitualmente significa associar aos anos de vida uma probabilidade. Apenas aos eventos aleatórios associam-se probabilidades. Assim, ao nascer, cada um de nós tem uma probabilidade de viver determinado numero de anos. Não há garantias de que aqueles anos sejam vividos. O ambiente em que vivemos, o estilo de vida, as posses, o acesso aos serviços essenciais, são alguns dos elementos que ajudam para se ter uma vida mais longa e saudável.

Sendo aleatória, a vida pode nos aprontar acontecimentos imprevisíveis e imponderáveis. Eventos que imaginamos somente acontecerem depois da porta das nossas casas, podem bater na nossa própria porta. Por isso, pode ser que num dia sejamos surpreendidos por situações de incertezas. Daí a interpretação: viver é impreciso.

Os seres humanos, em muitos casos, apenas conseguem dar valor à vida quando se deparam com fatos que achavam jamais chegassem à sua casa. Nesses momentos partem para a reflexão no que provavelmente acreditam ter feito de errado e tentam buscar explicações que talvez não encontrem, justamente por acreditarem que sempre fizeram tudo de forma correta. Este é um comportamento quase que normal da espécie humana.

Se a vida é assim por que então não aproveitá-la em plenitude? Talvez observando as coisas simples possamos encontrar um viver com mais qualidade. Que tal o acordar cedo e sair por ai ouvindo as primeiras manifestações de vida no canto dos pássaros, nos primeiros raios de sol, no orvalho sobre as folhagens das ruas? Por que não olhar em volta e cumprimentar as pessoas? Por que não apreciar o cair da chuva e sentir aquele odor de terra molhada? Um dos bons aromas da vida! Por que não chegar ao trabalho e cumprimentar a cada um dos colegas, sobretudo aqueles que exercem as funções mais humildes?

A minha mãe ao levantar-se sempre agradecia por mais um dia de vida. Eu, ainda criança, não entendia bem o porquê daquele ritual diário daquela mulher que foi o principal pilar na estrutura moral e ética da nossa família. Mal eu sabia que ali estava uma dentre tantas das suas sabedorias aprendidas longe das escolas, mas com a vida que lhe foi longa.

Navegar é fascinante. Enveredar por caminhos seguros, ainda que mais longos, é um desafio. Em nossa trajetória por este planeta às vezes somos tentados a trilhar por atalhos. Buscas mais rápidas para atingir objetivos. Será que vale a pena chegar a um objetivo num instante? A busca frenética de riqueza material e de poder seria bom objetivo a ser perseguido? Os meios justificam os fins? Ainda que se acredite que os fins sejam nobres?

Desenhamos uma trajetória e, no meio do caminho podemos ser surpreendidos por um ataque cardíaco, um acidente de automóvel, um câncer... Não devemos então fazer projetos? Claro que devemos. E muitos. Contudo precisamos estar atentos para as armadilhas que podem se nos aparecer. Pode ser que não tenhamos tempo de pedir desculpas para pessoas que nos amam e que magoamos com atitudes, palavras gestos. Ter em mente que navegar sempre é preciso, mas viver não é preciso. É aleatório.

Professor Associado na UFC. www.lemos.pro.br.

*

Coração

O coração que sente as coisas profundamente tem sabedoria. e sabedoria tão profunda quanto esta, dá lugar à virtude

Chuang Tzu

*

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amor e amizade

Perguntei a um sábio,

a diferença que havia

entre amor e amizade,

ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,

a Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,

a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,

na Amizade compreensão.

O Amor é plantado

e com carinho cultivado,

a Amizade vem faceira,

e com troca de alegria e tristeza,

torna-se uma grande e querida

companheira.

Mas quando o Amor é sincero

ele vem com um grande amigo,

e quando a Amizade é concreta,

ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo

ou uma grande paixão,

ambos sentimentos coexistem

dentro do seu coração .

Willian Shakespeare

*

Sabedoria

O primeiro passo para a sabedoria é questionarmos tudo - e o último passo é reconciliarnos com tudo .

Georg Lichtenber

*

Coração

A porta para o coração humano só pode ser aberta para dentro.

Provérbio espanhol

*

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Visão

O pó de ouro é precioso, mas quando entra nos olhos turva a visão.

Xitang

*

Saber

Saber é ver dentro de nós.

Giacomo Leopardi

*

Coração

As lágrimas possuem uma força especial: derretem gelo e aquecem corações.

Sabedoria judaica

*

Sabedoria

Cedo ou tarde, a todo o homem chega a grande renúncia. Para o jovem não existe nada inalcançável. Que algo bom e desejado com toda a força de uma vontade apaixonada seja impossível, não lhe parece crível. Mas, ou por meio da morte ou da doença, da pobreza ou da voz do dever, cada um de nós é forçado a aprender que o mundo não foi feito para nós e que, não importa quão belas as coisas que almejamos, o destino pode, não obstante, proibi-las. É parte da coragem, quando a adversidade vem, suportá-la sem lamentar a derrocada das nossas esperanças, afastando os nossos pensamentos de vãos arrependimentos. Esse grau de submissão não é somente justo e correto: ele é o portal da sabedoria.

Bertrand Russell

*

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Coração

Palavras que vêm do coração, entram no coração

Sabedoria judaica.

*

Mudar

Na juventude eu era um revolucionário, e rezava dessa maneira: O´Deus, dai-me energia para mudar o mundo! Mas, ao chegar à meia idade, notei que a metade da vida já passara sem que eu tivesse conseguido mudar um só homem.

Então, mudei minha oração: Senhor, dai-me a graça de mudar os que vivem comigo no dia-a-dia, como minha família, amigos, ficarei satisfeito com isso!

Agora, já velho, com os dias já contados, percebi o quanto fui tolo rezando assim. Agora, oro apenas isto: Dai-me a graça, Senhor, de fazer mudar a mim mesmo!

Se eu tivesse rezado dessa maneira desde o princípio, não teria gasto toda a minha vida!.

Abu Yazid Al-Bistemi

*

Presente

Nunca nos detemos no momento presente. Antecipamos o futuro que nos tarda, como para lhe apressar o curso; ou evocamos o passado que nos foge, como para o deter: tão imprudentes, que andamos errando nos tempos que não são nossos, e não pensamos no único que nos pertence; e tão vãos, que pensamos naqueles que não são nada, e deixamos escapar sem reflexão o único que subsiste. É que o presente, em geral, fere-nos. Escondemo-lo à nossa vista porque nos aflige; e se nos é agradável, lamentamos vê-lo fugir. Tentamos segurá-lo pelo futuro, e pensamos em dispor as coisas que não estão na nossa mão, para um tempo a que não temos garantia alguma de chegar.

Examine cada um os seus pensamentos, e há-de encontrá-los todos ocupados no passado ou no futuro. Quase não pensamos no presente; e, se pensamos, é apenas para à luz dele dispormos o futuro. Nunca o presente é o nosso fim: o passado e o presente são meios, o fim é o futuro. Assim, nunca vivemos, mas esperamos viver; e, preparando-nos sempre para ser felizes, é inevitável que nunca o sejamos.

Blaise Pascal

*

Segredo

O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sábia e seriamente o presente.

Buda

*

Podes

Podes fugir dos outros, mas não de ti mesmo.

Sêneca

*

Saber

Saber e não fazer ... ainda é não saber.

Sabedoria budista

*

Conduzir

As palavras e as bandeiras conduzem os homens mais do que as razões e a razão

Jules Simon

*

sábado, 5 de dezembro de 2009

Razão

As palavras e as bandeiras conduzem os homens mais do que as razões e a razão

Jules Simon

*

Solidão

Cidade - milhões de pessoas vivendo em solidão

Henry David Thoreau

*

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Deixa alguns nozes

Tudo quanto possuis te parece pequeno; tudo que não possuo me parece grande. O teu desejo é insaciável, o meu não. Olha a criança enfiando a mão num jarro de gargalo estreito tentando retirar as nozes e os figos ali contidos: se enche a mão, não a pode tirar, e põe-se a chorar. -Deixa algums nozes e poderá tirar as restantes!

Tu tambem, deixa o teu desejo ir-se embora, não ambiciones muitas coisas, porque menos obterás.

Epicteto

*

Palavra

A palavra deve ser vestida como uma deusa e elevar-se como um pássaro.

Provérbio tibetano

*

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Observar

A melhor instrução é sempre observar a mente.

Atisha

*

Sabedoria

A sabedoria torna bons os homens. A simulação torna-os péssimos.

Juan Luis Vives

*

Contribuir

A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros

Confúcio

*

Dúvida

A dúvida é a chama do conhecimento.

Provérbio persa

*

Poemas para amigos

Não posso dar-te soluções para todos os problemas da vida

nem tenho resposta para as tuas duvidas ou medos

mas posso escutar-te e compartilhá-las contigo...

Não posso mudar o teu passado e futuro

mas quando precisares de mim, estarei junto a ti

Não posso evitar que tropeçes

só posso oferecer-te a minha mão para que te apoies e não caias

Tuas alegrias, triunfos e êxitos não são meus

mas disfruto sinceramente quando te vejo feliz

Não julgo as decisões que tomas na vida, limito-me a apoiar-te, a estimular-te e a ajudar-te, se mo pedes

Não posso traçar-te limites dentro dos quais deves agir, mas sim oferecer-te esse espaço, necessário para crescer

Não posso evitar teu sofrimento quando alguma pena te parte o coração

mas posso chorar contigo e recolher os pedaços para amar novamente

Não posso decidir quem és, nem quem deverias ser

só posso amar-te como és e ser teu amigo

Nestes dias pensei nos meus amigos e amigas

não estavas nem acima nem abaixo da média

Não começavas nem acabavas a lista

não eras o primeiro nem o último

(...)

E tão pouco tenho a pretenção de ser o primeiro, o segundo ou o terceiro da tua lista

Basta que me queiras como amigo...

Obrigado por o seres.

Jorge Luis Borges

*

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sabedoria

A sabedoria da vida consiste em semear sempre.

R. Stanganelli

*

Progredimos

À medida que progredimos em sabedoria nos encouraçamos contra o nosso destino instintivo

Maurice Maeterlinck

*

Coração

As melhores coisas da vida não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas pelo coração

Dalai Lama

*

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Silêncio

O silêncio é a mais espirituosa e intolerável das respostas.

Charles Dickens

*