quinta-feira, 22 de julho de 2010

Acorde

Vemos homens que o vento da sorte impele a plenas velas; num momento perdem de vista a terra e ganham o pleno mar. Tudo lhes sorri, tudo é sucesso. Ação, obras, tudo é acumulado de elogios e felicitados. Mas há um rochedo imóvel, próximo da praia, onde as ondas quebram contra ele, o poder, a riqueza, a violência, a bajulação, a autoridade, os favores, todos os ventos os abalam - é o público contra quem ele, ao bater, naufraga.

Jean de La Bruyére


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