Envolvo a prata o meu coração,
Embrulho-o ao cuidado
De gotas adormecidas
Para varrerem minha transição.
Alterno meus efeitos,
Sem substituir minhas causas.
Sou pintado com desenhos infantis
Com cores leves e grandes fontes,
- Quebro uma janela:
Uma qualquer, mas
Que me liga à humanidade.
- Quebro-a.
Formato minhas idéias,
Copio minha regência
E abro minha ausência
-ao passo de minha inexistência.
Ponho-me por completo
No meu coração:
Encarnando a face
À prata que o envolve.
Demartone Oliveira
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Quanta sensibilidade! Por acaso ja e a nova geracao despontando para a literatura? Va preparando a beca da Academia! Parabens!
ResponderExcluirLydia Fernandes