quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conhecer

Conhece-te a ti mesmo! De que me há de servir? Se a mim me conhecesse, desatava a fugir. Com isto confesso que a grande tarefa Conhece-te a ti mesmo! , que soa tão importante, sempre me pareceu suspeita, como um ardil de padres secretamente coligados que quisessem perturbar o homem por meio de exigências inatingíveis e desviá-lo da atividade no mundo externo para uma falsa contemplação interior. Cada novo objeto, bem observado, abre em nós um novo órgão. Do máximo proveito nesse sentido são, porém, os nossos semelhantes, que têm a vantagem de nos compararem com o mundo a partir de seu próprio ponto de vista, e por isso atingem um melhor conhecimento de nós que nós mesmos podemos alcançar.



Goethe

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