sábado, 23 de junho de 2012

Direitos iguais


Quando o anarquista, como porta-voz das camadas sociais em decadência, reclama, com toda a indignação, o “direito”, a “justiça”, os “direitos iguais”, ele se encontra sob a pressão de sua própria incultura que não entende porque no fundo sofre, em sua vida pobre. Há nele, um instinto de casualidade que o força a raciocinar: é preciso que seja a culpa de alguém se ele está tão pouco à vontade. Essa grande indignação já lhe faz bem, é um verdadeiro prazer para um pobre diabo poder injuriar e ele encontra nisso uma leve embriaguez de poder.



Nietzsche



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