sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Verdade

Platão expõe suas idéias metaforicamente na famosa parábola da caverna: Havia seres humanos vivendo presos numa caverna. Só podiam olhar para a frente, para a parede do fundo da caverna, pois eram impedidos de virar a cabeça. Um fogo ardente, à distância, projetava sombras de pessoas e objetos sobre a parede do fundo. Esses homens acreditavam que a realidade eram aquelas sombras. Assim os prisioneiros da caverna passaram a distinguir e nomear as coisas, associando-as às formas que viam e aos sons que ouviam.
Filosofia é para Platão a saída dessa caverna, onde confundimos as sombras das coisas com a realidade. Quem se liberta, quem encontra a saída e vê o sol brilhando, não quer jamais retornar ao mundo das sombras. Para Schopenhauer, apurando nossa sensibilidade podemos perceber as sombras de nossa vida. As sombras são os perfis simplórios das pessoas, representações que a sociedade cria dos indivíduos. Os membros da sociedade são levados a espelhar os valores sociais e funcionar de acordo com os valores vigentes. A maior parte dos indivíduos se identifica com o padrão estabelecido e se empenha para corresponder a ele. Estão no inferno e não se dão conta disso. Estão na caverna e vêem apenas sombras. Para entender realmente têm que abandonar a caverna e ir em direção ao sol. A visão da realidade acontece num breve relance, libertando o indivíduo das sombras.



Theo Ross



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