sexta-feira, 31 de maio de 2013

Igualdade

Costumamos pensar linearmente e generalizar virtudes e defeitos como se todas as pessoas fossem rigorosamente iguais e os tivessem na mesma medida. Essa pretendida igualdade existe, apenas, em aspectos genéricos e nos instintos básicos da espécie. E onde deveria, de fato haver, ou seja, no campo dos direitos e deveres, inexiste, o que, aliais, é a causa básica dos conflitos étnicos, religiosos, sociais, etc., que permeiam a história. O que predomina na Terra é a pluralidade. O que existe são semelhanças, nunca a igualdade. Virtudes e defeitos misturam-se, em graus variáveis, em proporções nunca iguais, em todas as pessoas. Daí as generalizações serem sempre equivocadas, dadas as infinitas nuances físicas, psicológicas e morais que diferenciam os indivíduos. A pensadora alemã Hanna Arendt observou com lucidez, a propósito: “Quem habita este planeta não é o homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra.



Pedro Bondacjuck



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