sexta-feira, 24 de julho de 2015

Homem





Vemos homens que o vento da sorte impele a plenas velas; num momento perdem de vista a terra e ganham o amplo mar. Tudo lhe sorri, tudo é sucesso. Ação, obras, tudo é acumulado de elogios e felicitados. Mas há um rochedo imóvel, próximo da praia, as ondas quebram contra ele, o poder, a riqueza, a violência, a bajulação, a autoridade, os favores, todos os ventos o abalam – é o público contra quem ele, ao bater, naufraga.



Jean de La Bruyére


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